sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Grande Mistério da Salvação


                                              



- Introdução:

 Quando falamos da salvação lembramos-nos,“que estando ainda mortos em nossos delitos" Ef 2.5 e uma dívida ou uma cédula estava presente diante de Deus todo o tempo, colocando nossos pecados a mostra. Os homens tinham uma dívida enorme com Deus, por causa de seus pecados, Ele então decide para o bem da humanidade que aceitaria a morte de um inocente em favor de um pecador Lv 16.15. O sacrifício de animais (sacrifício de pessoas era proibido e não era aceito por Deus), era constantemente renovado, porque era um sacrifício temporário Hb 8.13, os pecados eram perdoados porém Deus queria algo superior, permanente, uma ministração no céu Hb 8.1-2, para que o velho sistema de sacrifícios desse lugar a um novo sistema, um novo concerto, que seria um modelo eterno feito uma única vez para o eterno aperfeiçoamento dos santos Hb10.14. Perfazendo assim todos os planos divinos para salvar a humanidade com uma grande estratégia, que começou ainda na eternidade Jo 3.16.

- Origem da Nossa Salvação


A Salvação preparada para o mundo perdido nasceu no coração de Deus, por isto a multidão salva vestida de vestes brancas, cantará nos céus “salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono" Ap 7.10. No dia da queda do homem, Deus prometeu enviar um Salvador, Ele disse a respeito da semente da mulher: “esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar" Gn 3.15, na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher Gl 4.4. A promessa se cumpriu literalmente, foi uma expressão do seu amor:
A- Deus amou o mundo de tal maneira...? (Jo 3.16).
B- Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo? (2Co 5.19). 

Se a morte na cruz foi tremenda para Jesus Mt 27.46, também o foi para Deus, não se pode explicar tão imensurável amor pela suas criaturas como demonstrado através do sacrifício de Jesus e Deus com sua justiça aceitou Hb 9.24-26. Na cruz foram provadas e mantidas quatro coisas importantes:

1. O amor de Deus Rm 5.8-10
2. A sabedoria de Deus que se revelou na cruz 1 Co 1.18-25, com uma profundidade insondável Rm 11.33-35
3. O poder de Deus 1Co 1.24-25
4. A justiça de Deus diante de todo o mundo 


O Significado da Salvação

De todas as palavras empregadas para definir a experiência transformadora que é o encontro do homem com Deus, a palavra salvação é a mais usada.
A palavra salvação, significa em primeiro lugar, ser tirado de um perigo, livrar-se, escapar.
A Bíblia fala da salvação como a libertação do tremendo perigo de uma vida sem Deus (At 26.18; Cl 1.13).
Tradução da palavra grega soterios, tem a significação de tornar ao estado perfeito, ou restaurar o que a  queda causou. A salvação desfaz assim, as obras do diabo 1Jo 3.8, Deus usou métodos tanto no passado, presente e usará no futuro, Deus sempre teve seus representantes para anunciar a Salvação. Todavia os obstáculos eram tão grandes, que sempre carecia da ajuda do próprio Deus.


- As naturezas de Deus e do homem.


Uma das evidências anunciadas pela Palavra de Deus, é que ela mostra um Deus Salvador e redentor IISm 22.3, Deus livrou o seu povo de todas as aflições não deixando de destacar os inimigos nacionais e individuais Sl 18.4. Todas as pessoas precisam de um Salvador, pois o homem não pode salvar a si mesmo Lc 17.33 e este Salvador é Jesus Jo 12.47.
Assim como Deus tem a natureza salvadora em Jesus, o homem discorre uma vida pecaminosa iniciando com o primeiro casal se cobrindo e escondendo de Deus Gn 3, O homicida Caim Gn 4, até os fatos do Apocalipse 20.
A natureza salvadora de Deus tem tido uma evidência na obra salvadora de Jesus, no diário de Anne Frank ela cita uma das palavras mais comuns ouvidas até nos dias de hoje, “a humanidade precisa de educação, e não de salvação.” A humanidade precisa sim da Salvação como:

1- Salvação da morte (Mt 8.25);
2- Das enfermidades (Mt 9.22);
3- Da possessão demoníaca (Lc 8.26-33);
4- E principalmente da morte Espiritual (1Co 1.21).


O Amor e a Santidade de Deus são notáveis, mas o homem é ímpio e mal. Quimicamente falando é uma mistura heterogênea e impossível de acontecer dadas as circunstâncias, por causa da natureza, imaculação de Deus. É  impossível fazer uma mistura homogênea entra óleo e água. Jesus morreu por nós sendo nós ainda pecadores Rm 5.8, para que as impossibilidades tornassem possíveis no amor de Deus Rm 4.25.
A Santidade de Deus abrange tanto o Novo quanto o Antigo Testamentos Js 24.19; Lc 1.49, pelo seu grande amor Ele não justifica o ímpio Êx 23.7. Deus é imparcial na justificação Pv 17.15, o amor de Deus é algo imensurável, se lembrarmos dos sofrimentos de Jesus na cruz do calvário e Deus ficou impassível aos fatos, tudo isso foi por amor ao homem Jo 3.16. Quando damos algo a alguém, essa pessoa tem o domínio sobre o bem adquirido, Deus deu seu filho em favor dos homens, por isso Deus ficou de mãos amarradas quanto aos sofrimentos de Seu filho.
Jesus suportou a cruz para a nossa felicidade, por isso Ele julgará o mundo com eqüidade  Sl 98.9, não aceitará propinas, pois nada se iguala a sua morte de cruz Dt 10.17, a Bondade, a Graça e a misericórdia de Deus. A mensagem da Salvação, deve ser encarada pelo homem com santidade  retidão.

1. A bondade de Deus:

A- Deus é Bom Sl 34.8; 100.5
B- Deus é abençoador Sl 119.68
C- Não quer que ninguém se perca 2Pe 3.9
D- Deus é longânimo 2Pe 3.15


2. Sua Graça:

A- Para os dons 1Pe 4.10
B-  A graça na revelação 1Pe 1.13
C- Graça de chegar ao trono Hb 4.16
D- A graça para a Salvação Tt 2.11


3. Misericórdia:

A- Por Maria Lc 1.48
B- Para os que o temem Lc 1.50
C- Para a Salvação Lc 1.72

Sem estes fatores primordiais em hipótese alguma poderíamos ter a Salvação, Deus sendo onipotente pode dar ao homem o direito de ser salvo, porém, através de Jesus temos o direito de ser chamados filhos, não só filhos como também co-herdeiros em Cristo Rm 8.16-17.
A obra salvadora foi realizada por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mas o decreto foi de Deus Pai.

-
O Propósito de Deus

Somente podemos entender os planos e métodos de Deus para a salvação Rm 13.11, através de um estudo detalhado das Escrituras IITm 3.15, a salvação é a grande obra espiritual de Deus com relação ao homem Fp 1.19. Através de sua presciência, Deus tinha plena consciência de que o homem haveria de cair em pecado, antes mesmo da criação Deus já sabia. Ainda assim, Deus não mudou seus propósitos, fez o homem e deu-lhe responsabilidade e deveres Ef 1.4, a onisciência de Deus seria uma arma poderosa para Ele simplesmente parar com o mundo. Vejamos:

1. Criou o homem, o homem pecou
2. Criou os anjos, um terço dos anjos pecaram
3. Criou as nações, as mesmas estão se acabando através das guerras;
4. A natureza, a mesma está sendo consumida pelo homem
5. Deu inteligência para o homem, o homem não sabe usar. 

Ora, vejamos bem, era só Deus não ter criado o homem, teria evitado todos seus dissabores, pois Ele já de antemão, sabia de todos os resultados. Mas Deus é misericordioso e quer que o homem se salve.


-O propósito de Deus na natureza humana.

Quando o homem pecou ocasionou a perda de sua inocência e santidade  Jó 31.33, porém isso não o privou de todo conhecimento espiritual ITm 2.14, Deus tem providenciado para que esse conhecimento nunca acabe Rm 1.20. O propósito de Deus é que o homem chegue ao conhecimento da Salvação, podendo somente entender e chegar ao conhecimento da Salvação, quem conhecer para se livrar da escravidão do pecado. Note bem a história, tanto secular como os fatos narrados pela Bíblia Sagrada, mostram-nos que as mais diversas nações tinham seus deuses e praticavam sacrifícios para eles, mais em nenhuma vez mostra que os deuses tinham compaixão do povo. O propósito de Deus nas escrituras sabendo que o Novo Testamento é o cumprimento do Antigo, temos que voltar ao Antigo para entender o propósito de Deus (Gn 3.15. É Deus quem determina as coisas, Ele espalha, Ele ajunta Dt 30.3, Deus tem propósito somente com aquele que Ele ama (Gn 4.4). 
Caim trouxe uma oferta sem fundamento, por isso irou-se profundamente, quando Deus deu ao povo de Israel a tábua da lei era um propósito de fidelidade mútuo que ambos firmaram, todavia Israel não cumpriu. Deus enviou os Profetas, os Sacerdotes, Reis, Juízes e hoje temos a Igreja. Deus nunca deixou seu propósito cair por terra, na fase inter-testamentária quando o povo ficou sem profeta durante aproximadamente 400 anos, não foi porque Deus havia deixado de olhar para a humanidade, era uma preparação para o recebimento do Messias, o povo estava sedento das coisas de Deus, mesmo assim Deus enviou João Batista primeiro Mc 1.2. Ele veio como anjo do Senhor, a Igreja através dos irmãos lavados e remidos pelo Sangue de Cristo são Anjos de Deus a serviço da Salvação.

-A extensão da obra da salvação.


A Bíblia nos diz que todo que  nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna Jo 3.15, somente temos vida por Jesus Jo 6.33,35. É uma promessa universal At 2.21; 3.21, por isso que defendemos que o sacrifício de Jesus foi genérico Jo 10.11, Jesus morreu por todos, entretanto, infelizmente, nem todos reconhecem o sacrifício de Jesus tem que se chegar a Ele Rm 5.18.
Não há distinção de pessoas, raças, ou posição social Cl 3.11 é somente crer Mc 16.15-16, a obra da salvação não pode ser restringida a determinada camada da sociedade, pois o sacrifício vicário de Jesus foi para todos At 14.27. Jesus falava meu sangue que é por muitos derramados, simplesmente Ele estava desvinculando os que crêem dos que não crêem na obra salvífica do Senhor IJo 2.1.


-Os Métodos de Deus

Deus tem um só plano de Salvação, isso não quer dizer que Deus age de um só modo Hb 1.1, ou seja, Deus tem um só plano dentro deste plano existem vários métodos, vejamos um exemplo: O cordeiro de Deus era conhecido com efeito antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos 1Pe 1.20. Para Eva a solução da separação do homem com Deus estava resolvida no nascimento de Caim, ela disse: "Adquiri um varão do Senhor" Gn 4.1, puro engano, Caim tornou-se mais tarde um assassino e os métodos de Deus não poderiam vir imediatamente, quando lemos, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei Gl 4.4. O aguardo do tempo de preparação tinha um tríplice objetivo, vejamos:

1- Revelar ao homem a verdadeira natureza do pecado e a grande depravação em que a raça humana havia caído;
2- Revelar a verdadeira incapacidade de preservar ou obter de novo um conhecimento adequado a Deus ou livrar-se do pecado através de filosofia e de arte;
3- Ensinar que os verdadeiros perdões somente são possíveis através do ato substitutivo.


No passado.

Deus não muda, todavia, seus métodos freqüentemente se renovam. Deus colocou nossos pais, lá no jardim do Éden Gn 2.15, um lugar perfeito Deus tomou todas as providências para a felicidade do homem ao submeter ao mais simples teste, o homem caiu. Como conseqüência, ambos, homem e mulher tornaram-se culpados perante Deus e Deus providenciou uma salvação ao homem caído. Foram dessa maneira as alianças (Aliança significa pacto, conserto; entre homem e homem ou entre homem e Deus). 
São sete as alianças, a saber:
Edêmica Gn 2.16
Adâmica Gn 3.15
Noélica Gn 9.16
Abraâmica (Gn 12.2
Mosaica Êx 19.5),
Davídica 2Sm 7.16
E a Nova Aliança Hb 8.8 


É bom saber que Deus sempre agiu para a recuperação do homem caído, mais é bom entendermos que para cada época existiu um método apropriado. No período antediluviano, Deus deu a oportunidade para que o homem fosse levado de volta a Deus através de sua consciência,a Palavra de Deus nos diz que Caim foi um assassino, porém, Deus teve piedade através da descendência de Sete, com o passar dos tempos casaram entre si e houve a mistificação. Trazendo desagrado a Deus, em todos estes métodos ou épocas o homem sempre decepcionou a Deus.

No presente.

Um método totalmente mudado teve por conseqüência o presente 1Co 1.30, o período da Igreja. Foi uma nova sistemática, ou seja, Deus usando seu próprio filho como o Salvador, o método usado foi pela morte de Jesus. Foi expiado o pecado dos crentes do Velho Testamento Hb 11.37-39, bem como os crentes do Novo Testamento Rm 3.21-26. Deus agora oferece Salvação através do seu Filho Hb 11.40, antes dessa época o plano da salvação era um plano obscuro. Mas hoje é um plano claro e evidente para qualquer pessoa que queira conhecê-lo, somente é exigido que o pecador aceite o que Deus providenciou em Cristo. Se o homem aceitar pela fé a oferta da vida ele é nascido de novo Jo 3-3 e o  Espírito Santo vai trabalhando na vida do homem de maneira que o seu trabalho provoque a regeneração no íntimo do homem.
E o mesmo espírito aperfeiçoe a santidade na vida do cristão, isso não quer dizer que o homem responde prontamente ao convite da salvação. Muitas vezes demora muito tempo para entender o que Deus quer em nossa vida.

No futuro.

Deus tem prometido uma melhor mudança para o período do reino, Cristo deve reinar em todos as áreas nas quais o pecado entrou, Ele já veio uma vez, mas o povo não lhe deu ouvido Jo 1.11. Entretanto, Jesus virá novamente e desta vez vai assumir o controle de tudo Ap 11.15, pela força, Israel será o centro desse reino.
Esse período vai começar com um mundo convertido, muitas pessoas vão nascer no milênio, porém nem todos serão convertidos. Não é o reinado que vai fazer o mundo ficar justo, entretanto, somente a graça de Deus pode fazer uma transformação no coração individualmente do homem. Vai haver salvação no futuro como houve no passado e está havendo no presente, somente com a atuação de Deus tem tido métodos para cada momento.
No Armagedom o Senhor vai julgar as nações que vieram contra Ele, acorrentará a Satanás, apenas os salvos da terra serão deixados para irem ao reino.

-A Obra de Cristo na Salvação


A obra de Cristo é a coluna central do plano de Deus para a redenção,  é o eixo central no qual gira todo o sistema, ela não se restringe somente a oferta sacrificial de Jesus.


-A humilhação.
Jesus foi humilhado, primeiro Ele teve que renunciar Fp 2.7-8, renunciou a sua majestade sendo martirizado não recebendo o justo direito de nobreza superior, pois era nobre do céu. Uma das mais humilhantes formas foi Jesus se humanizar, pois o homem representava o fracasso, o pecado, mais Cristo se fez pecado por nós 2Co 5.21. Ele se tornou legalmente responsável por nossos pecados sujeitos a maldição da lei Gl 4.4, quando Jesus foi crucificado passou uma dúvida cruel na cabeça dos seus seguidores.  Se ele tem poder porque se sujeita a uma morte tão horrenda?

-O sacrifício

É importante frisar a palavra sacrifício, vejamos no Antigo Testamento, Deus queria um sacrifício de Israel Êx 29.28. Na páscoa, lembremos da figura do cordeiro Êx 12.1-13, quando colocavam as mãos no sacrifício, significava isto é meu sacrifício, porque ele esta sendo sacrificado em meu lugar. Hoje a   conotação mudou, em João 1.29 Cristo é o cordeiro, Isaías 53.7 diz como um cordeiro Jesus foi sacrificado por nós. O sacrifício de Jesus não é chamado sacrifício simplesmente porque ele foi morto em nosso lugar, mas vejamos alguns aspectos:


1-   Morava nos lugares celestiais, teve que renunciar;
2-   Era príncipe no céu, veio como um qualquer na terra;
3-  Vivia no paraíso, teve que trabalhar para se sustentar;
4-   Tinha vida eterna literalmente no céu, teve que experimentar a morte, etc.


A vitória.


O profeta Isaías descreveu com uma veracidade tremenda a vitória de Jesus Is 53.11, quando todos pensaram que Jesus havia se acabado, foi aí que ele cresceu Mt 16.18. Jesus desceu ao hades  Ef 4.9 e venceu.
Tinha a carne mortificada, mas o espírito vivificado 1Pe 3.18, pregou até aos espíritos em prisão IPe 3.19, Jesus foi conquistando vitória, e a maior vitória foi a salvação da humanidade.
Em vida Jesus teve as maiores vitórias que um homem pode desejar, vejamos: contra o diabo, na tentação, na cura dos paralíticos, dos cegos, nas ressurreições, no endemoniado de Gadara e principalmente na morte de cruz e na ressurreição, Jesus é um eterno vencedor, a Igreja é vencedora.
A evidência interior da salvação é o testemunho direto do espírito Rm 8.16, o mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
A evidência externa da salvação a todos os homens é uma vida de retidão e de verdadeira santidade Ef 4.24, "...e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade".

- Conclusão:

Em toda a história da humanidade, veremos variações em todos os níveis do homem, desde o seu existir até a maneira de conduzir sua vida. Fazendo as coisas mais improváveis, como no êxodo aspirando ainda ares do Egito, Deus os livra de seus opressores como forma de "gratidão" diante de tantos benefícios recebidos de Deus, eles fazem um grande bezerro de ouro com suas joias. Mais uma vez, Deus mostrou sua grandeza, quando Israel vivendo em pleno estado de apostasia, Deus usou o profeta Isaias para dizer: “Eu anunciei e salvei e eu o fiz ouvir e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois minhas testemunhas.”
Em face de tantos acontecimentos ao longo de ocorridos com o passar das décadas, séculos e milênios. Vemos um grande amante pela sua criação, fazendo as coisas mais impossíveis para salva-la, primeiro dos seus próprios desejos e segundo de todos os seus inimigos. Ao mentor, construtor e administrador deste tão grande e infalível projeto de salvação humana, todas as honras e mérito por suas conquistas. Por isso os homens por mais desejo, nunca verão um deus semelhante a este Deus.



                               Deus vos abençoe, o Deus desta tão grande salvação!

terça-feira, 14 de julho de 2015

                                 
Porque "não" para Caim e sua oferta?




Introdução:

- A oferta jamais pode ser apresentada sem propósito e a mesma precisa  ter um padrão de excelência, ninguém deveria chegar de mãos vazias no ato de ofertar, ou chegar com uma oferta fora dos padrões daquele que recebera, nesse caso Deus, Gn 4.4. A oferta de animais, teria que ser feita por um sacerdote, porém, antes da oferta acontecer, era feito uma inspeção e o animal separado para o sacrifício não poderia ter qualquer tipo de anomalia, porque se tivesse, o mesmo não atendia aos padrões das leis sacrificiais Lv 22.20. Na lei de Moisés haviam especificações estreitas, conhecidas como: lei da oferta de animais, quase todos animais poderiam ser oferecidos a Deus como oferta, com exceção dos animais que eram considerados imundos, grifo nosso, veja Lv11.
- Deus, deu a lei de sacrifícios a Moisés para regulamentar as ofertas e ninguém mais oferecesse alguma coisa ao Senhor e a mesma não fosse aceita, por não estar em conformidade com as prescrições previstas na lei mosaica. Não estamos mais no período da lei mas sim da graça Ef 2.8 hoje, nossa oferta consiste em dar nosso melhor a Deus, apresentando-nos, a nós mesmos como sacrifício vivo Rm 12.1.

- Uma oferta sem propósito.

- Os tempos são outros Adão e Eva, não estão mais no no jardim do éden, agora eles tem dois filhos segundo Gn 4.1, Eva fica até entusiasmada com a chegada do primeiro filho após o pecado, porque ela pensa na profecia de Gn 3.15 e no nascimento de Caim a possibilidade de redenção. Caim e Abel, agora são adultos e preparam-se para uma grande oferta ao Senhor Gn 4.3-4, "aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor," semelhantemente Abel, porém " Abel  também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura." O versículo 4, nos mostra que Deus aceita Abel consequentemente sua oferta, por que?

1)  Primeiro Abel é avaliado
2)  Depois a oferta é observada

1.1- Abel coloca em seu coração pela fé Hb 4.11, o desejo de oferecer a Deus seu melhor, por isso alcança status de ser maior que seu irmão, contudo apesar da riqueza de detalhes que a bíblia oferece sobre Abel e seu cordeiro, contudo (esse é o sentido ou teria um não aqui) fala muito acerca de Caim. Nós apenas sabemos que Caim era lavrador e pega os frutos da terra e vai para o sacrifício, todavia em primeiro lugar não vem a oferta, mas o ofertante e suas intenções Lc 21.1-4, Gn 22.2, Hb 10.1.

1.2- Caim assim como Abel, é avaliado, porém não é aceito, consecutivamente sua oferta também não. O texto não diz nada que não seja que Caim e Abel foram e fizeram seu sacrifício ao Senhor com o que levaram, independentemente do que os historiadores dizem, que naquele tempo, Deus já havia falado que o sacrifício só poderia ser de animais, Caim não é aceito, não, por causa da sua oferta, por ter separado qualquer coisa para oferecer, mas sim por ter um coração mal IJo 3.12.

1.3- Caim era maligno e é um grande exemplo de cristão carnal, que se comporta de acordo com suas vontades, seu querer, seus pensamentos, etc... Ele simplesmente oferta, porque queria ser maior que seu irmão, seus sentimentos são manifestos e encontramos um homem fútil, egoísta,desanimado e triste, (todas as vezes que nos entristecemos, é porque não obedecemos a Deus e a sua palavra), Pv 16.1. Deus sabia quem era Caim, assim como sabia que Adão ouviu a voz no jardim, mas fingiu não ter ouvido Gn 3.9, também Israel que falava de Deus com seus lábios, todavia seus coração estava vazio Is 29.13.


- O que estamos ofertando?

- Jd 1.11, não entremos pelo caminho de Caim, o que se tem apresentado a Deus como oferta hoje? Somos confrontados a levar o que é excelente Rm 12.1, ao Senhor, contudo, diversas vezes nos vemos ofertando qualquer coisa. Para quem é a oferta? É para Deus, então para Deus pode ser mais ou menos? Assim está bom... Davi é um ícone nesta área, não oferecerei  ao Senhor meu Deus Holocaustos que não custem nada II Sm 24.24. Israel já passava por um período de três anos e meio de fome, quando Davi e Araúna conversaram, Davi entende que a situação era caótica e resolve fazer o que ele mais tinha conhecimento, adorar o Senhor v. 25. Oferecer o melhor empreende sacrifícios, dedicação, significa, abrir mão da sua própria vontade para atender um a vontade maior, a divina.

- Para mudanças o primeiro passo é querer fazer diferente, não contentar-se com a situação atual. Ter conhecimento do que fazer, ou permanecer na teoria de nada adianta, pouco se aproveita de teorias que não são praticadas Mt 7.24. Jesus conversa com um jovem, depois de sido procurado por ele, o jovem, então começar a falar e vem a teoria, conheço os mandamentos deste minha mocidade Mc 10.20, pra que tanto conhecimento, se na hora de serem colocados em pratica não são? Temos muito conhecimento, porém pouca intimidade com Deus, se ele soubesse que conversava com o filho de Deus Jo 20.31, talvez não teria nada a falar, que não fosse, fazer tudo conforme o pedido de Jesus. O que muito se vê atualmente é uma geração muito argumentativa, poderosa nas escrituras, como Apolo At 18.24, pessoas com diplomas acadêmicos, exímios profissionais, versados em diversos conhecimentos, contudo vazios de Deus, porque não sabem, que "perto está o Senhor dos que tem coração quebrantado Sl 34.18". Precisamos de menos autonomia e mais dependência do Senhor, assim saberemos o que ofertar e quando ofertar Os 6.3.


- Como estamos chegando para ofertar?

- Quando vamos fazer alguma coisa para o Senhor, seja qualquer coisa, desde um trabalho na igreja, à momentos de oração, fazemos para quem? Para Deus? Ou simplesmente por que estamos sentindo vontade, de fazer conhecido das pessoas o que estamos fazendo? Fazer jejum, era um problema para os sacerdotes nos tempos de Jesus, segundo a lei de Moisés, o jejum deveria ser feito duas vezes por ano, mas os sacerdotes faziam, seu jejum duas vezes por semana Lc18.12. O problema não era fazer jejum e sim  mostrar para as pessoas que estavam desfalecidos, com semblante descaído, porque estavam jejuando. Jesus chama-os de hipócritas Mt 6.16, porque o jejum era uma oferta ou sacrifício feito para Deus, como forma de comunhão, intimidade, o jejum seguia de um propósito, contudo era banalizado pelos sacerdotes, quando  feito apenas com interesse de auto promover-se, mostrando-se superior, mais santo. Então as pessoas olhavam e diziam: como são santíssimos, os sacerdotes são demais, representam o Senhor fielmente na terra. Faziam apenas para aparecer ou se mostrar, pensamento dos sacerdotes: não existem pessoas como nós, somos únicos. Que tipo de sacrifício é esse? Todas as vezes, que pensamos ser superiores em alguma coisa, por melhor que façamos, somos iludidos pela vaidade do nosso coração, toda oferta sem qualquer dúvida, precisa ser precedida de muita humildade, para que seja aceita por Deus. Todas as vezes que chegamos a Deus com uma oferta, não importa oque seja, desde uma simples quantia em dinheiro ou um louvor, incorremos em duas possibilidades.


A- Ser observado
B- Ser aceito e também a oferta

- Faz-se, de tudo para ofertar, muitas vezes sem a preocupação de mensurar, que tudo é avaliado por Deus, desde o coração do ofertante, até a oferta para serem aceitos. Neste tempo, que é chamado de período da "graça," Deus, não se esqueceu de saber  a diferença, entre uma oferta verdadeira e um coração quebrantado Sl 51.17,19.


- A dura face da rejeição.

- Um dos dias mais esperado por Caim e Abel chegou, o dia de se apresentar diante do Senhor com oblações, seus pais foram destituídos do paraíso por causa do pecado, fazia-se necessário uma preparação para tal. Afinal, faziam parte de uma geração pecaminosa, que precisava desesperadamente apresentar ao Senhor, algo novo e diferente, que produzisse um impacto e mudanças, em uma geração que veio após o pecado. Eles estão diante de Deus Gn 4.3-5, cada um com sua melhor oferta no altar (Veja 1 Rs 18.32 sobre altar), para o sacrifício a Deus, então o sacrifício é feito, a resposta é imediata. Sim, para Abel e sua oferta e não, para Caim e sua Oferta, Caim não quer aceitar, está revoltado com resposta de Deus, porém ainda é lhe dado uma nova chance e também uma orientação. Contudo, Caim resolve não ouvir, a voz de Deus, para continuar dando ouvidos a voz do seu maligno coração. O "não" para Caim,como resposta era resultado de uma sondagem Sl 139, que o Senhor fez, nos lugares mais ocultos da sua alma e viu, que não havia sinceridade, honestidade e principalmente integridade em seu coração. A resposta negativa que o Senhor deu para Caim, não representava favoritismo pela oferta de seu irmão, mas uma possibilidade através da repreensão de uma mudança no seu carácter, uma transformação. Entretanto, modificações são produzidas somente quando nós permitimos que o Senhor as faça.


- Conclusão:


- O desfecho desta história não fica por conta de suas ofertas, porém de seus ofertantes, que se aproximam de Deus, com interesse em comum, que é oferecer um sacrifício ao Senhor. Independentemente do que os estudiosos dizem, acerca da oferta de Caim, que invés de apresentar cereal, deveria ter sacrificado um animal. A vontade de Deus é que todos os seus adoradores,"o adorem em espírito em verdade" Jo 4.24, adoradores sabem o que ofertar, porque seu foco não está na oferta, sim em como agradar a Deus com suas vidas, para viver cada vez mais, um relacionamento íntimo e verdadeiro com Deus. Na nova aliança, a oferta não tem validade sem sinceridade consigo mesmo, Deus só recebe, ofertas que são, oferecidas com o coração aberto, de pessoas que tem consciência que suas vidas primeiro tiveram que passar pelo altar  de Deus.

       
Deus vos abençoe abundantemente!