segunda-feira, 6 de junho de 2016

Deus de Alianças




- Introdução:

  Ao longo de períodos que Deus criou, para que homem pudesse agradá-lo, fazer sua vontade, determinando assim, mais um tempo de misericórdia. Ele os denominou de dispensações e justamente dentro delas fez alianças, pactos, com algumas pessoas na história bíblica. Podemos ver na bíblia, vários tipos de aliança como por exemplo: Pactos entre pessoas, como resultado de acordos. Abraão fez uma aliança com Abimeleque Gn 21:32, posteriormente, seu filho também fez uma aliança com Abimeleque Gn 28:26, porém, o objetivo é falar de algumas as alianças feitas entre o Senhor (Yehowah), e o homem.

. A primeira aliança é conhecida como aliança êdenica Gn 2:16
. Segunda aliança é conhecida como Adâmica Gn 3:15
. Terceira é conhecida como aliança Noética Gn 9:16
. Quarta e última desse comentário é a aliança Abraâmica Gn 12:2

Sendo desta forma, se tem uma visão muito clara de algumas alianças entre Deus e o homem. O comentário deste estudo, tomará por base o pacto feito com Abraão,  posteriormente sendo renovado com seus descendentes.

- Os planos de Deus em execução

Deus chamou Abraão de Ur dos caldeus Gn 11:31, com o propósito de fazê-lo grande, mesmo sendo de uma terra  tão longínqua. Contudo é a partir de Gn 12, que as promessas começam a serem feitas, Deus fazendo juramentos por si mesmo ao determinar que faria de Abraão uma grande nação. Deus disse que faria de Abraão uma grande posteridade,  porém ele morre Gn 24:7-8, contudo as promessas se cumprem na íntrega na vida do velho patriarca. Abraão tinha 99 anos de idade, quando em Gn 17, o Senhor faz a ele sua maior reveleção, no verscículo 2 ratifica seu compromisso, porém não deixa seu servo  sem o conhecimento que estava diante do Deus todo poderoso (El-Shadday). Em Gn 21, Isaque nasce apenas 1 ano depois, de Deus ter se revelado a Abraão,  como sendo O todo poderoso. Isaque conhece Rebeca e o Ápice de seu relacionamento acontece quando Rebeca deixa a esterelidade para trás e da a luz dois filhos Gn 25:21-22. A história se esquece de Isaque por um tempo para se dedicar a falar especificamente de sua família. Rebeca estava literalmente gerando em seu ventre duas nações, porque Esaú e Jacó estão destinados a formar dois povos. Falando do nascimento deles , é no mínino estranho seu nascimento, os gêmeos estavam saindo da barriga de seu mãe, primeiro saiu Esaú, conforme nos confere a história bíblica. 
Até aí tudo bem, porém, as coisas tomam um novo rumo quando Jacó saiu de sua mãe agarrado ao calcanhar de seu irmão. Apesar de serem gêmeos não se assemelhavam em nada, desde, a aparência até os pensamentos. Esses irmãos fogem completamente dos padrões que a ciência "diz" ter. Segundo o livro de gênesis, Esaú, era ruivo e peludo ao extremo Gn25:25, Jacó no entanto, tinha uma aparência comum. O direito a primogemitura era de Esaú, era muito importante para Israel e povos antigos entretanto, quando volta do campo muito cansado e faminto ele expoe seu sentimento com relação a primogemitura, quando a troca por um guisado vermelho Gn 25:33. Selando assim, o seu destino, por isso está que escrito que o maior seria servo do menor. Mesmo agindo errado Jacó, expoe o desejo de ter a primogemitura porque sabia o quanto representava e Esaú e manisfestou sua disposição em não se importar com as coisas espirituais Rm 9:13, foi rejeitado por Deus Hb 12:16 Jacó é o suplantador de gênesis, contudo ele é a pessoa de quem a bíblia mais fala, sua história toma a metade livro de gênesis. Certamente muito menos seria visto, sobre Jacó, se tivesse trilhado as veredas Jr 6:16, que o Senhor queria. Mas diferente do que muitos acham, a história de Jacó é extremamente proveitosa, porque se pode extrair muito para a vida espiritual, tanto com os erros como também os acertos. Jacó cometeu seu maior erro ao enganar seu pai, Deus iria cumprir todas suas promessas sem qualquer dúvida, porém, não poderia fazê-lo na vida de um homem, metido  a enganador, trapaceiro, maldoso ele sai da casa do pai aspirando a morte, deixando para trás, uma mãe temerosa e um irmão com sede de vingança. Como pagamento por suas proezas vai para o deserto, porém, ele não sabia que os planos de Deus teriam seu início ali.
Em Jacó, podemos ver claramente o amor divino Rm 5:20 "onde abundou o pecado, superabundou a graça". O Dr Griffith Thomas se expressou com muita propriedade a seu respeito: "Não há nenhuma personalidade nas escrituras que tão claramente demonstre a glória da graça divina em lidar com a máteria mais desanimadora".

- Fases na vida de Jacó

- Jacó teve pelo menos menos 3 grandes etapas em sua vida, que sem qualquer dúvida, influenciaram suas ações tanto positiva, quanto negativamente. Certamente nos identificaremos com o grande patriarca em suas peripércias, na moral, ética ou comportamento.

1- O grande suplantador

- Nessa período, vemos um homem furtivo, astuto e frio. Jacó estava disposto a qualquer negócio, desde que fosse favorecido e as consequências não tinham muita importância. Porque os fins, "justificariam os métodos empregados" assim vivia sua vida sem a miníma preocupação. Com isso demonstrava que não tinha a menor comunhão com o Senhor e estava muito longe de ser o homem que Deus queria usar Ez 22:30.
-Jacó era um homem de sangue frio, em um belo dia estava cozinhando e a prato era extremamente saboroso. Qual seria o prato que estava fazendo? Era sem sombra de dúvida, maravilhoso guisado vermelho. No entanto não se tratava de um prato para um almoço familiar, era o guisado de Jacó apenas. Como um grande egoísta, prepara para si um grande guisado, um verdadeiro banquete para os olhos de um homem extremamente faminto. Seu irmão com fome, depois de uma exaustiva viagem lhe pede um pouco do ensopado e contrariamente do que seria correto, recebe um "não"como resposta. Essa etapa na vida de Jacó foi a mais nefasta, porque não tem a mínima consciência do verdadeiro sentido da moral e ética, como um padrão de vida. Essa parte é marcada pelo engano e esperteza de Jacó, no entanto, ele iria começar a sofrer a lei da semeadura Gl 6:7, Jacó estava saindo de casa e sua mãe por quem tinha grande estima, não veria mais e passaria os anos mais duros de toda sua história.

2- Um homem sem identidade

- Jacó pôs-se, a caminho de Harã, conforme a orientação de seu pai, afim de achar na parentela de sua mãe uma esposa Gn 28:2, ele tinha neste período cerca de 77 anos de idade, chegara em Padã na casa de seu tio Labão, não sem antes passar pelo "deserto". O deserto parece ser algo inevitável na vida do homem. Todo ser humano se ainda não enfrentou, ainda vai enfrentar o "deserto da vida", todavia, diferente do que pensamos o deserto não é selecionado por Deus, para ser o cemitério de nossas vidas, ou o ponto final de nossa reles e simples existência, mas sim o encontro com o "impossível", experiências jamais vividas, nos são dadas mediante o poder de escrever ou reescrever nossa história, traçando novas linhas e incluindo conhecimento que não era detido até então Os 3:14.
- Raquel é o amor de Jacó, tanto que José e benjamim, eram os filhos prediletos de Jacó 37:7. Labão conhece o filho de sua irmã Rebeca Gn 29:13 e o acolhe consideravelmente. Labão tinha 2 filhas, como Jacó havia gostado de Raquel, propõem um acordo a seu pai. Trabalharia sete anos para casar-se com ela, haja vista, que neste período usava-se dar um dote pela mão da noiva para sua família. O acordo foi aceito e pacto selado naquele dia pelos dois Gn 29:19, Jacó trabalhou 7 anos direto para ter Raquel como esposa, no fim sofreu um golpe de seu tio Labão. Havia recebido Lia como esposa e não o seu verdadeiro amor, enfim foi enganado por Labão. Jacó foi obrigado a trabalhar mais 7 sete anos por Raquel e no total, fazendo as contas de todo tempo trabalhado ele chega ha 20 anos Gn 31:41, nesta nova etapa de sua vida Jacó estava servindo ao seu tio há 20 anos enganando e sendo engado. No mais íntimo buscava refúgio da dor que sentia e a redenção pelo que havia feito, entranto Jacó não sabia que apenas um encontro com Deus poderia livrá-lo de suas perdas, medos e cativeiro Jo 8:32-36.

3- O homem de Deus em Hebrom

- Agora, neste ponto de sua vida vemos um grande homem de Deus, um profeta se manistrar no meio de sua família. Uma pessoa experimentada pela vida, que sabia o que de verdade queria. Seus olhos estavam abertos, não para este mundo, mas para o espiritual. Através de Israel todas as promessas feitas a seu pai e renovadas por Deus a Jacó poderiam se cumprir, com integridade em sua vida. Jacó não era mais o suplantador de Betesda, ou o enganador de Padã. Era um santo em hebrom, com quem Deus poderia contar e realizar todos seus projetos. Israel se despede de sua vida terrena em alto "estilo", ao se comportar, consciente que Deus se manifestaria entre sua família e dela sairia uma grande nação. Israel estava velho, no entanto o comportamento afoito e ansioso havia ficado para trás. Ele toma conhecimento que seu filho José estava vivo, se alegra chega até desmaiar de emoção, porém ele sabia que a obra que Deus faria através de seu clã era maior que seus sentimentos por José. Gn 45:25-28. Isso fica extremamente Claro no capítulo 46, quando saiu de Hebrom e chegou a Berseba. Israel edificou um altar para o Senhor e nele ofereceu sacrifício ao Deus de seus pais. Ele não foi direto para o Egito conforme o pedido de seu filho José Gn 30:9, certamente José era o filho predileto achado, contudo o servir ao Senhor era superior ao amor por seu filho Mt 6:33.  Atitude de Jacó refletia sua espiritualidade. No capítulo 49, vemos um profeta de forma extraordinária
impetrar as bençãos sobre seu clã e saber com precisão qual dos filhos de José, ministrar a benção de primogenitura Gn 48:19.

- Uma visão do Deus de seus pais, Betel

- Jacó poderia ter tido experiência melhor que essa Gn 28:11- 22, em um momento tão caótico dentre tantos que viveu, estava com medo, triste, pela situação que promoveu, entretanto estava recebendo da vida o que semeou. Sozinho no deserto, sem lugar para ficar resolveu pernoitar em um cidade chamada Luz e tem o mais marcante encontro com Deus. Estava fugindo de seu irmão Esaú, todavia não poderia fazê-lo de Deus Slm139:7. O Senhor estava a procura de sua criatura mais errante para poder falar com ela. Então em sonho, Jacó vê 3 coisas, que mudariam sua vida para sempre.



1- Uma escada que fazia ligação entre terra e céu, naquele momento algo muito especial estava acontecendo. Jacó não tinha mais ligação com sua família, porém, existia uma ligação com Deus Mt 18:18.

2- Anjos ou Angelos, também estavam permeando aquele lugar. Poderia ser o pior lugar do mundo quando Jacó se deitou, agora não era mais. Os ministros de Deus estavam ali, subindo e descendo com as bençãos do Senhor para ele.

3- O Senhor por perto, o Deus todo poderoso estava no fim da escada. Como deve ter sido maravilhoso para um mero mortal como Jacó ver o Senhor Is 6:1, por isso disse: "Quão terrível é este lugar, porque é a casa de Deus". Assim como estava em pé para receber Estevão At 7:55, O mestre estava em pé para falar com o pequenino Jacó. Ele estava sozinho aqui na terra sem sua família,  contudo o Senhor estava com ele. E muitas vezes é o suficiente para todos nós, saber que não está órfão seu Pai, Deus está conosco.

- Betel (a casa de Deus), nos sugere a primeira experiência de Jacó com Deus, então podemos chama-la de: A conversão de Jacó ao Senhor , Jacó ouviria de Deus algumas palavras que confortariam seu coração. Veja:

A- Revela sua pessoa

B- Provisão

C- Presença

D- Preservação

E-Promessas

F- Propósitos

Conforme descrito nos nos vv 13 e 15 do capítulo 28

- O voto que Jacó fez a Deus demonstra uma consciência de santidade e temor do qual foi enchido naquele lugar. Note que v 17, ele usa a expressão "a casa de Deus", acreditava que aquele lugar era a casa de Deus. Todavia naquele momento de total "choque", Jacó nem de longe fazia ideia do que a ele foi falado. Fazendo assim um voto como um sinal de total desconhecimento do poder e do propósitos de Deus para si. O voto denota sua total falta de intimidade com o Senhor de seus pais e consequentemente sua imaturidade espiritual.

- Peniel, o encontro com Deus

- Se Betel representou a "conversão" de Jacó,  Peniel sem dúvida representava a consagração do homem ante ao seu chamado. O encontro com Deus no vau de Jaboque tinha uma grande representação Gn32.22. Porque a partir desse momento não se apoiaria apenas nas experiências de seus pais, ele teria as suas. Jacó estava longe de ser um santo, porém seu "Peniel", mudaria para sempre sua vida. As amaletas da incredulidade, a falta de intimidade,  seriam quebradas ali em uma luta com Deus. No capítulo 32, Jacó descobriria que não estava sozinho Sl 34:18, o exército de Deus estava naquele lugar v 2, vemos 2 exércitos um visível e outro invisível. Toda experiência adquirida com Deus produz alguma coisa, seja fora qual for. Antes do capítulo 28, Jacó,  não tinha qualquer conhecimento das coisas espirituais, já no 32, ele sabia que onde estava era um Maanaim IIRs. 6:13-17.

- A benção e o que representava para Jacó?

- Jacó passou 20 anos em Harã e tudo o que mais anseava era acertar o erro cometido com seu irmão Esaú, para tanto manda mensageiros ao encontro de Esaú em Seir v 2. Apesar de toda disposição em concertar um erro do passado, não sabia como seria recebido por Esaú. Ele se angustiou ao saber por intermédio de seus servos que seu irmão estaria vindo para encontra-se com ele, trazendo consigo 400 homens. Em meio a grande aflição se humilha e ora ao Senhor, contudo, ainda não era o que Deus queria. No v 9, diz:"Deus de meu pai Abraão, e de meu pai Isaque", essa oração demonstra um homem que detêm a mínima intimidade com Deus. A forma impessoal que se dirigiu ao Senhor, demonstra que Jacó estava com muito medo e angustiado. Porque o que indicava era que 20 anos após ter sido enganado, Esaú ainda teria sede de vingança. Presentes são separados aos montes, gados, camelos, ovelhas, etc... Entretanto tudo era uma incógnita para  Jacó, mas um momento especial para o Senhor operar em sua vida.

- A luta com Deus

- Jacó estava em um cenário devastador, envolvido por sombras em redor, separou toda sua família temendo o pior. Aparentemente estava sozinho, quando um homem sê lhe apareceu v 24, então os dois começaram uma luta. Homem e Deus em uma luta épica, Jacó  não soltava o anjo do Senhor esperando receber uma benção, porém o Senhor daria a ele muito mais do que queria. Neste combate, diferente de todos demais narrado pela velha aliança notam-se 2 coisas:

1- O homem - uma teofania, vai ao encontro de Jacó v 24, Jesus declarou que nos escolheu, não o contrário Jo 15:16, no novo testamento vemos Deus a procura do homem Mt 18:11, Lc 19:10

2- A disposição de Deus em dar mais que uma benção - Jacó em seu combate com o anjo o segura e as horas se passavam a ponto do amanhecer quase chegar. O mesmo anjo matou em uma só madrugada 185 mil homens, no entanto estava sendo segurado por Jacó.

- Observação: Esta luta foi uma luta épica, linda e lendo sobre, o entusiasmo aumenta. Deus se permitiu travar uma luta com sua própria criação que lindo. Deus é Senhor e Soberano. Pode muito bem agir quando quiser, fazendo aquilo que sabe ser necessário para o bem estar do reino, ou de um indivíduo.

- Jacó reconhece o Anjo do Senhor e sabe que está diante da possibilidade receber o que precisava. Fez-lhe dois pedidos:  O primeiro "Qual era seu nome", porém o Anjo não lhe disse. e o segundo pedido lhe foi concedido, v 26, "não te  deixarei ir se não me abençoares". Ele não recebeu aquilo que precisava apenas, como também, tudo o que o que Deus queria. Jacó se rendeu a Deus, para isso a luta aconteceu. Como forma de mudar de uma vez por todas a Jacó. Deus muda seu nome e interrompe uma série de prováveis desastres na vida do patriarca. A vida deste homem foi estrategicamente mudada e ele nunca mais seria o mesmo. V 31, o nascer do sol foi para o grande profeta, símbolo de um novo tempo para sua vida.

- Conclusão:

- Certamente Jacó, é um dos personagens mais intrigantes e é emocionantes da narrativa bíblica. Porque conseguimos identificar; Ações e comportamentos, que são muito típicos de alguém inseguro. Vive de acordo com seus ideais e demonstra um padrão destorcido. Do que seria moral e eticamente corretos. Todavia, existia uma aliança com Jacó inquebrável, forjada pelo próprio Senhor. Pela vastidão de material escrito, é notável como Deus tem prazer em estabelecer contato com Jacó. Através de Gênesis é possível identificar o grande poder da "graça". Sentir prazer a cada passo dado, por sua criatura em sua direção. Em cada desacerto, uma nova oportunidade. Apenas o Criador poderia enxergar tão profundamente alguma possibilidade. Havia uma promessa a ser cumprida. Quem fez a promessa? Veja Gn12:1-3, Deus não poderia usar um homem como Jacó. O Senhor precisava de um homem que estivesse disponível. Alguém que reconhecesse as suas fraquezas e ainda sim, quisesse ser uma bênção. Jacó precisava fazer apenas uma aliança com Deus e tudo mais, seria por conta do próprio Deus. Agora Jacó, não é mais suplantador, trapaceiro, mas Israel Gn 32:28. Não porque lutou com o Anjo e prevaleceu apenas. Jacó havia se rendido ao Senhor e a partir dali tudo seria diferente. Enquanto a princípio, a vontade, o modo de enxergar, prevalecer em sua vida. Deus não será o Senhor de sua vida. Quando a "síndrome" de Samuel passar ISm 16, o Senhor terá espaço para trabalhar.

Deus vos abençoe!