terça-feira, 14 de julho de 2015

                                 
Porque "não" para Caim e sua oferta?




Introdução:

- A oferta jamais pode ser apresentada sem propósito e a mesma precisa  ter um padrão de excelência, ninguém deveria chegar de mãos vazias no ato de ofertar, ou chegar com uma oferta fora dos padrões daquele que recebera, nesse caso Deus, Gn 4.4. A oferta de animais, teria que ser feita por um sacerdote, porém, antes da oferta acontecer, era feito uma inspeção e o animal separado para o sacrifício não poderia ter qualquer tipo de anomalia, porque se tivesse, o mesmo não atendia aos padrões das leis sacrificiais Lv 22.20. Na lei de Moisés haviam especificações estreitas, conhecidas como: lei da oferta de animais, quase todos animais poderiam ser oferecidos a Deus como oferta, com exceção dos animais que eram considerados imundos, grifo nosso, veja Lv11.
- Deus, deu a lei de sacrifícios a Moisés para regulamentar as ofertas e ninguém mais oferecesse alguma coisa ao Senhor e a mesma não fosse aceita, por não estar em conformidade com as prescrições previstas na lei mosaica. Não estamos mais no período da lei mas sim da graça Ef 2.8 hoje, nossa oferta consiste em dar nosso melhor a Deus, apresentando-nos, a nós mesmos como sacrifício vivo Rm 12.1.

- Uma oferta sem propósito.

- Os tempos são outros Adão e Eva, não estão mais no no jardim do éden, agora eles tem dois filhos segundo Gn 4.1, Eva fica até entusiasmada com a chegada do primeiro filho após o pecado, porque ela pensa na profecia de Gn 3.15 e no nascimento de Caim a possibilidade de redenção. Caim e Abel, agora são adultos e preparam-se para uma grande oferta ao Senhor Gn 4.3-4, "aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor," semelhantemente Abel, porém " Abel  também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura." O versículo 4, nos mostra que Deus aceita Abel consequentemente sua oferta, por que?

1)  Primeiro Abel é avaliado
2)  Depois a oferta é observada

1.1- Abel coloca em seu coração pela fé Hb 4.11, o desejo de oferecer a Deus seu melhor, por isso alcança status de ser maior que seu irmão, contudo apesar da riqueza de detalhes que a bíblia oferece sobre Abel e seu cordeiro, contudo (esse é o sentido ou teria um não aqui) fala muito acerca de Caim. Nós apenas sabemos que Caim era lavrador e pega os frutos da terra e vai para o sacrifício, todavia em primeiro lugar não vem a oferta, mas o ofertante e suas intenções Lc 21.1-4, Gn 22.2, Hb 10.1.

1.2- Caim assim como Abel, é avaliado, porém não é aceito, consecutivamente sua oferta também não. O texto não diz nada que não seja que Caim e Abel foram e fizeram seu sacrifício ao Senhor com o que levaram, independentemente do que os historiadores dizem, que naquele tempo, Deus já havia falado que o sacrifício só poderia ser de animais, Caim não é aceito, não, por causa da sua oferta, por ter separado qualquer coisa para oferecer, mas sim por ter um coração mal IJo 3.12.

1.3- Caim era maligno e é um grande exemplo de cristão carnal, que se comporta de acordo com suas vontades, seu querer, seus pensamentos, etc... Ele simplesmente oferta, porque queria ser maior que seu irmão, seus sentimentos são manifestos e encontramos um homem fútil, egoísta,desanimado e triste, (todas as vezes que nos entristecemos, é porque não obedecemos a Deus e a sua palavra), Pv 16.1. Deus sabia quem era Caim, assim como sabia que Adão ouviu a voz no jardim, mas fingiu não ter ouvido Gn 3.9, também Israel que falava de Deus com seus lábios, todavia seus coração estava vazio Is 29.13.


- O que estamos ofertando?

- Jd 1.11, não entremos pelo caminho de Caim, o que se tem apresentado a Deus como oferta hoje? Somos confrontados a levar o que é excelente Rm 12.1, ao Senhor, contudo, diversas vezes nos vemos ofertando qualquer coisa. Para quem é a oferta? É para Deus, então para Deus pode ser mais ou menos? Assim está bom... Davi é um ícone nesta área, não oferecerei  ao Senhor meu Deus Holocaustos que não custem nada II Sm 24.24. Israel já passava por um período de três anos e meio de fome, quando Davi e Araúna conversaram, Davi entende que a situação era caótica e resolve fazer o que ele mais tinha conhecimento, adorar o Senhor v. 25. Oferecer o melhor empreende sacrifícios, dedicação, significa, abrir mão da sua própria vontade para atender um a vontade maior, a divina.

- Para mudanças o primeiro passo é querer fazer diferente, não contentar-se com a situação atual. Ter conhecimento do que fazer, ou permanecer na teoria de nada adianta, pouco se aproveita de teorias que não são praticadas Mt 7.24. Jesus conversa com um jovem, depois de sido procurado por ele, o jovem, então começar a falar e vem a teoria, conheço os mandamentos deste minha mocidade Mc 10.20, pra que tanto conhecimento, se na hora de serem colocados em pratica não são? Temos muito conhecimento, porém pouca intimidade com Deus, se ele soubesse que conversava com o filho de Deus Jo 20.31, talvez não teria nada a falar, que não fosse, fazer tudo conforme o pedido de Jesus. O que muito se vê atualmente é uma geração muito argumentativa, poderosa nas escrituras, como Apolo At 18.24, pessoas com diplomas acadêmicos, exímios profissionais, versados em diversos conhecimentos, contudo vazios de Deus, porque não sabem, que "perto está o Senhor dos que tem coração quebrantado Sl 34.18". Precisamos de menos autonomia e mais dependência do Senhor, assim saberemos o que ofertar e quando ofertar Os 6.3.


- Como estamos chegando para ofertar?

- Quando vamos fazer alguma coisa para o Senhor, seja qualquer coisa, desde um trabalho na igreja, à momentos de oração, fazemos para quem? Para Deus? Ou simplesmente por que estamos sentindo vontade, de fazer conhecido das pessoas o que estamos fazendo? Fazer jejum, era um problema para os sacerdotes nos tempos de Jesus, segundo a lei de Moisés, o jejum deveria ser feito duas vezes por ano, mas os sacerdotes faziam, seu jejum duas vezes por semana Lc18.12. O problema não era fazer jejum e sim  mostrar para as pessoas que estavam desfalecidos, com semblante descaído, porque estavam jejuando. Jesus chama-os de hipócritas Mt 6.16, porque o jejum era uma oferta ou sacrifício feito para Deus, como forma de comunhão, intimidade, o jejum seguia de um propósito, contudo era banalizado pelos sacerdotes, quando  feito apenas com interesse de auto promover-se, mostrando-se superior, mais santo. Então as pessoas olhavam e diziam: como são santíssimos, os sacerdotes são demais, representam o Senhor fielmente na terra. Faziam apenas para aparecer ou se mostrar, pensamento dos sacerdotes: não existem pessoas como nós, somos únicos. Que tipo de sacrifício é esse? Todas as vezes, que pensamos ser superiores em alguma coisa, por melhor que façamos, somos iludidos pela vaidade do nosso coração, toda oferta sem qualquer dúvida, precisa ser precedida de muita humildade, para que seja aceita por Deus. Todas as vezes que chegamos a Deus com uma oferta, não importa oque seja, desde uma simples quantia em dinheiro ou um louvor, incorremos em duas possibilidades.


A- Ser observado
B- Ser aceito e também a oferta

- Faz-se, de tudo para ofertar, muitas vezes sem a preocupação de mensurar, que tudo é avaliado por Deus, desde o coração do ofertante, até a oferta para serem aceitos. Neste tempo, que é chamado de período da "graça," Deus, não se esqueceu de saber  a diferença, entre uma oferta verdadeira e um coração quebrantado Sl 51.17,19.


- A dura face da rejeição.

- Um dos dias mais esperado por Caim e Abel chegou, o dia de se apresentar diante do Senhor com oblações, seus pais foram destituídos do paraíso por causa do pecado, fazia-se necessário uma preparação para tal. Afinal, faziam parte de uma geração pecaminosa, que precisava desesperadamente apresentar ao Senhor, algo novo e diferente, que produzisse um impacto e mudanças, em uma geração que veio após o pecado. Eles estão diante de Deus Gn 4.3-5, cada um com sua melhor oferta no altar (Veja 1 Rs 18.32 sobre altar), para o sacrifício a Deus, então o sacrifício é feito, a resposta é imediata. Sim, para Abel e sua oferta e não, para Caim e sua Oferta, Caim não quer aceitar, está revoltado com resposta de Deus, porém ainda é lhe dado uma nova chance e também uma orientação. Contudo, Caim resolve não ouvir, a voz de Deus, para continuar dando ouvidos a voz do seu maligno coração. O "não" para Caim,como resposta era resultado de uma sondagem Sl 139, que o Senhor fez, nos lugares mais ocultos da sua alma e viu, que não havia sinceridade, honestidade e principalmente integridade em seu coração. A resposta negativa que o Senhor deu para Caim, não representava favoritismo pela oferta de seu irmão, mas uma possibilidade através da repreensão de uma mudança no seu carácter, uma transformação. Entretanto, modificações são produzidas somente quando nós permitimos que o Senhor as faça.


- Conclusão:


- O desfecho desta história não fica por conta de suas ofertas, porém de seus ofertantes, que se aproximam de Deus, com interesse em comum, que é oferecer um sacrifício ao Senhor. Independentemente do que os estudiosos dizem, acerca da oferta de Caim, que invés de apresentar cereal, deveria ter sacrificado um animal. A vontade de Deus é que todos os seus adoradores,"o adorem em espírito em verdade" Jo 4.24, adoradores sabem o que ofertar, porque seu foco não está na oferta, sim em como agradar a Deus com suas vidas, para viver cada vez mais, um relacionamento íntimo e verdadeiro com Deus. Na nova aliança, a oferta não tem validade sem sinceridade consigo mesmo, Deus só recebe, ofertas que são, oferecidas com o coração aberto, de pessoas que tem consciência que suas vidas primeiro tiveram que passar pelo altar  de Deus.

       
Deus vos abençoe abundantemente!




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