quinta-feira, 21 de julho de 2016


O Apóstolo dos Gentios


Introdução:

Comentar sobre Paulo, é uma grande e prazerosa missão. Afinal, sem qualquer dúvida, estamos falando do maior evangelista e escritor da bíblia. Um dos maiores apóstolos, cujo missão era levar em especial aos gentios o conhecimento de cristo Jesus. Reputou toda sua vida, por uma causa, maior que si mesmo sem buscar méritos ou créditos pessoais. Chegando espantosamente a níveis de entendimento sobre Cristo no seu chamado, através de sua dedicação, fugindo completamente da compreensão humana. 
Era natural da cidade de Tarso na Cilícia, filho de judeus oriundos da tribo de Benjamim. Como ele mesmo disse, "E em minha nação excedia em judaísmo", (o termo judaísmo no grego é IOUDAISMOS ) e refere-se ao estilo judeu de crenças ou modo de viver ele se destacava entre os demais, sendo estudioso e extremamente cuidadoso da sua religião. Cresceu sendo orientado por um expoente da religião judaica, por nome de Gamaliel, pertencente a uma seita chamada fariseus. Enquanto Saulo, nome judeu, era perseguidor, carrasco, um homem destemido, que em nome da religião não exitava em matar. Porém, era detentor de uma grande vocação divina e tudo mudou para Saulo, (significa: grande), em estrada a caminho de uma cidade por nome de Damasco.
- Como Paulo, escreveu diversas cartas, entre elas epístolas pastorais. A proposta deste estudo,  não é fazer uma análise completa de todos os versículos do capítulo 4, da segunda carta de Paulo a seu discípulo amado Timóteo, entretanto, dar ênfase para alguns versículos, que fazem desta carta uma verdadeira jóia para o seu leitor. 
O apóstolo abre seu coração e expõe suas últimas palavras para Timóteo. Com uma plena e total certeza de que até ali foi fiel ao Senhor. O atleta havia chegado no fim da prova, entretanto, suas ações ecoam através dos Escritos Sagrados II Tm 4:7.
.O apóstolo Paulo confirmando suas últimas instruções ao seu filho na fé.
- Diferente de todas as demais cartas de Paulo que se somam treze em seu total. Essa é uma carta pessoal escrita diretamente para Timóteo, um jovem pastor, de uma igreja na Ásia menor. Paulo já havia escrito uma primeira carta para seu filho uma vez I Tm 1:2, por volta do ano 64 dc, com intuito de aconselhar, incentivar e principalmente advertir, contra a chegada de falsos mestres II Tm 4:1. Com sua segunda carta ao pastor de Éfeso, o apóstolo no último capítulo expressa sua preocupação com o comportamento de seu discípulo com relação a sua vocação e  sua conduta relacionada a apologia em defesa do evangelho.
- Nos vv 1 e 2, Paulo transforma seu discurso em um grande apelo, para que o jovem ministro se apagasse ainda mais a seu ministério, independente das circunstâncias I Tm 5:21; 6:13. A base dessa ordem é quádrupla: Deus, Cristo, a segunda vinda de Cristo e o reino Eterno. Ele faz conexão entre a vida cristã, com uma linguagem bem usual e a escatologia bíblica. Quando utiliza um impulso escatológico de incumbência como qualificador acrescentando, Cristo Jesus, a saber, que há de julgar vivos e os mortos At 10.42- I Pedro 4:5.

A incumbência é uma série de imperativos.
O primeiro, PREGA A PALAVRA I Tm 1:14, além do mais, Paulo diz: Insta em tempo e fora de tempo e por fim, admoesta, repreende e exorta.

1- Pregue a palavra, insta em tempo e fora de tempo
- Parece que  Paulo estava querendo mostrar a seu discípulo que a palavra de Deus deveria ser pregada em todos os momentos, independente do momento, ou circunstâncias. Sendo conveniente ou não para seus ouvintes.

2- Admoestar, repreende e exorta
Timóteo deveria "admoestar" no sentido de repreender os que estão em erro Tt 1::3- 2:15. "Repreender" no sentido de advertir, os que não atentam para correção e "exortar" , incentivar  todos os crentes I Tm 2:1;  5:1; 6:2.
Nos dois primeiros vv do capítulo 4, o apóstolo Paulo revela-nos suas intenções para vida de seu companheiro fiel no ministério.

 A chegada de uma crise eminente
Timóteo já havia sido advertido, que um grande mal chegaria. Um grande vento de doutrina chegaria de forma sorrateira afim, de levar todos quantos não estivessem bem alicerçados na palavra de Deus Ef 4:14, Mt 7:24. Quanto a chegada de enganadores, falsos mestres, apostatas da fé, também era de seu conhecimento vide I Tm 4:1-2; 5:15; 6:5. Nos vv 3, 4, quanto aos crentes, não deixa de mencionar a conivência com os falsos ensinadores, como também depositar aos seus pés parte da culpa. Porque o escritor uso o substantivo "comichões" nos ouvidos, como uma expressão pejorativa, metáfora para "curiosidade mórbida que procura fuxicos interessantes e bem condimentados". Então o problema não é só daquela que fala, mas também daqueles que ouvem. Os falsos mestres, interesseiros I Tm 6:9, preocupados apenas com seu bem estar, achariam espaço nos corações despercebidos. Para esmiuçar esse tópico um pouco mais, vejamos termos que nos são bem familiares. SE RECUSARÃO À DAR OUVIDOS A VERDADE, isto é, ao evangelho I Tm 6:5 Tt 1:14 II Tm 2.18. Estarão VOLTANDO SEUS OUVIDOS AS FÁBULAS 1 Tm 1:4; 4:7. Os hereges os "pseudo mestres" e seus seguidores simplesmente deixaram a verdade e se voltaram para a mentira.

O apóstolo no corredor da morte
Nos vv 6, 7, 8, temos um homem no corredor da morte, por motivos fúteis e esdrúxulos. Qual era o seu crime? Naquela época, no período em que Nero era o Cesar do grande império romano, o crime era ser CRISTÃO. Nesse período todos os crentes foram ensandecidamente perseguidos, aviltados, mortos e achincalhados em arenas lutando contra feras selvagens. Seus corpos eram exibidos em praça pública, como forma de vergonha, dando uma suposta "resposta"a um crime que foi imputado aos cristãos. A história diz; Que o imperador Nero César Augusto Germânico,uma noite enlouquecido colocou fogo em Roma, capital do império romano e enquanto a cidade ardia em fogo, Nero declamava versos de sua autoria. A partir daí, ele colocou a culpa do incêndio nos cristãos e marginalizou a religião cristã. Mas em nada o grande apóstolo estava abatido, pelo contrário, tinha a consciência que ninguém lhe tiraria a vida, porém ele a daria por LIBAÇÃO.

1- O que era a oferta de libação no judaísmo?

Uma prática do antigo testamento, consistia em oferecer bebida forte no sacrifício, geralmente o vinho Nm 28:7.
- Através dessa metáfora no v6, o escritor deixa bem claro que não estariam tirando a sua vida, caso, fosse condenado a sentença de morte, todavia sua vida seria derramada no altar do Senhor como uma oferta. Ainda no mesmo versículo, temos outra metáfora" e o tempo da minha partida está próximo", Paulo sabia que sua partida estava próxima e seria como um navio, tirando as amarras do ancoradouro, ou a desmontagem de um grande acampamento.
- Quando pensarmos a respeito do "apóstolo dos gentios", jamais, sobre nenhuma hipótese vejamos um super-herói, mas um homem simples que assumiu para si a vontade de Deus. Ao ler, todo contexto histórico da biografia deste simples homem, tudo poderá ser visto, menos um ato de um servo "covarde". Que cada cristão neste século presente, demonstre a mínima devoção necessária a Cristo Jesus.
- "Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé", antes que sua vida de fato se esvaísse, o mestre escreve com bravura, ao seu discípulo. Como quem "guardou o bom depósito" II Tm 1:14, no entanto, como numa corrida de revezamentos, estaria passando o bastão para o seu companheiro.

A- Combati o bom combate: O apóstolo participou da mais nobre e grandiosa de todas as competições: O ministério cristão. O grande atleta estava preparado para se despedir das corridas, porém estava tranquilo quanto a sua militância. Paulo gastou toda sua vida em prol do evangelho e viveu cada palavra escrita por ele, sendo endossado por seu próprio testemunho. Agora estimula seu amado irmão, Timóteo, com um grande conselho há continuar como um bom militante I Tm 6:12.

B- Acabei a carreira: A palavra "carreira" é mais uma metáfora do apóstolo. Para expressar o fim de tudo, vida e seu ministério.

C- Guardei a fé: Isto pode significar que foi fiel até o fim, conservando a sã doutrina, conforme o Senhor passara a ele. Mesmo ao viver momentos de extrema e completa solidão pela falta de apoio humano. Se manteve firme em seus conceitos, experiências da vida cristã, apoiando-se na fé no filho de Deus, a crença de toda sua vida.

Os últimos sentimentos de Paulo através de sua carta
- Dos vv 6 ao 17 do capítulo 4, veremos um homem envolvido por alguns sentimentos, que certamente, nortearam toda sua vida. Vejamos:

1- Alegria
2- Certeza
3-Confiança
4- Solidão
5- Abandono
6- Injustiça
7- Ingratidão
8- Conforto ou consolo

A solidão apostolar

"Procura vir ter comigo depressa", este versículo é uma pedido de Paulo, expresso a Timóteo, o campeão de inúmeras batalhas estava sozinho. Sua solidão, só não era completa, porque Lucas, estava com ele. Todos demais haviam se ausentado, alguns por causa, talvez, a pedido do próprio apóstolo lhes comissionando. Agora Demas, foi para Tessalônica e  lendo o versículo 10, saberemos o porque. "Quem sabe Demas em sua cidade Natal, tivesse encontrado com alguns irmãos de lá. Quão sem graça teria ficado ao ser perguntado, em como estaria o apóstolo preso em roma. Quem sabe, o que Demas poderia  falar ou simplesmente quieto sair triste de perto dos irmãos, por causa de seus medos." Paulo deveria ter no período de seu escrito, cerca de 66 anos de idade. Estava em uma cela extremamente úmida e escura, temia a chegada do inverno rigoroso daquela região v 21. Quem sabe seu discípulo amado ao receber mais uma carta endereçada a ele, não teve tempo hábil de chegar a roma, antes da execução de seu mestre. Queria apenas, João Marcos, sua capa que ficou em Trôade, na casa de carpo e seus livros, principalmente seus pergaminhos. Estava preso por ser considerado um dos grandes lideres dos cristãos naquela época. Em uma de suas audiências "ninguém" compareceu, ao menos para ver qual seria o primeiro veredito. No entanto, estava em paz consigo mesmo. O próprio Deus foi assistir seu julgamento e o fortaleceu, havia sido abandonado por homens, mas não saiu do olhar do Senhor v 17, Sl 139, Gn 28 Joe1. 47-49.

Conclusão:

Vemos através de tudo o que está escrito acima o poder sobrenatural de Deus óbvio, ajudando, auxiliando o homem no ministério, sobre tudo, vemos o amor de homem superar realidades até então jamais experimentadas. Recebeu de Deus o seu chamado e não hesitou em dar uma resposta, dando sua própria vida por uma causa, que tinha certamente em sua consciência a superioridade da dela. Se vida de paulo pode ser sintetizada, certamente sua maior característica: Não seria sua destreza e conhecimento. Sua dedicação em fazer bem feito ou o seu sofrimento, o amor que emanava de seu coração pelo Senhor e o desejo de fazer a sua vontade com amor, mas muito amor. Esse sentimento  habilidades com a escrita ou o poder de prender a atenção de seus ouvintes por seu versadocertamente era a força que o impulsionava a continuar, pessoas se rendendo a Cristo. Em sua mente brilhante estava a sensação de contentamento por fazer na íntegra todo aquilo para qual foi chamado. Essa geração não precisa de muito para mudar a real situação imposta, sobretudo aceitar sua vocação e partir para fazer tudo que lhe é de responsabilidade. O amor por almas será sem dúvida, o motivo pelo qual seremos despertados  a sair em busca de agradar aquele que nos alistou. Fala-se muito em avivamento, todavia vemos uma sociedade caminhar as margens de um estado caótico. Se a igreja caminha na vanguarda de uma grande renovação,  por que não vemos nada que simples movimentos? Para continuar em frente a igreja vai precisar voltar ao passado? Os nossos pais na fé ressuscitar? Os ceifeiros precisam apenas se posicionar, para que o Senhor da seara possa os usar. Sem medos ou temores, apenas confiando que o Senhor Deus fará o resto.

"Dê-me almas, ou tire-me a minha." George Whitefield


Deus vos abençoe!


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